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A Mulher no Quintal: Ela não é uma estranha, ela é quem mais dói no meu coração

A mulher de preto bate na porta, não para assustar as pessoas, mas para lembrá-las

O horror de “A Mulher no Quintal” não é o monstro que salta de trás do muro, mas a mulher parada em silêncio no gramado, dizendo baixinho: “Hoje é esse dia”.

Não há gritos nesta cena, apenas um silêncio arrepiante. O diretor Jaume Collet-Serra é bom em criar horror na vida cotidiana e, desta vez, ele deixa o horror vir de rostos familiares e de si mesmo estando fora de controle.

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A Mulher no Quintal

O mundo de Ramona começou a desmoronar a partir daquele momento. A mulher não era uma intrusa, mas o “fim” que ela invocava em seu subconsciente. Talvez você não tenha expressado essa emoção em voz alta, mas você a entenderá.

Um colapso, crescendo silenciosamente do coração

Aparentemente, Ramona é uma mãe forte. Ela é viúva, deficiente e precisa criar dois filhos, mas “A Mulher no Quintal” aos poucos revela a verdade por trás de sua repressão. Ela é indiferente aos filhos e desesperançosa em relação à vida, não porque não queira amor, mas porque está muito cansada.

O filme transforma a depressão, a culpa e a solidão em uma existência concreta e pesada, e a mulher de preto se torna uma verdadeira projeção de seu eu interior. Quando a verdade veio à tona — o acidente de carro foi causado por ela mesma —, o público realmente entendeu que aquele não era um filme de terror, mas o colapso mental de uma mãe descontrolada.

O medo não é uma ilusão, é a personificação do desejo.

O mais assustador é que Ramona certa vez rezou por “força”. E essa mulher foi o resultado de suas orações. Na superfície, ele espera continuar, mas na realidade ele quer acabar com tudo.

“A Mulher no Quintal” mostra essa rachadura espiritual de uma forma muito delicada e fria: quando os humanos estão ansiosos para deixar o mundo, os “ajudantes” criados em suas mentes não são mais placebos, mas sentenças de morte.

A Mulher no Quintal

O filme inteiro é como uma batalha psicológica contra “pensamentos suicidas” no escuro. Você pode ver a luta dela e ouvir o sussurro trêmulo: “Eles ficarão melhor sem você”.- A Mulher no Quintal

A família está de volta, mas a sombra ainda está lá

Quando a arma estava contra o queixo e a despedida estava prestes a acontecer, “A Mulher no Quintal” decidiu parar: as crianças voltaram, o cachorro não estava morto e a mulher de preto desapareceu silenciosamente. Não se trata de uma reversão abrupta, mas de uma ternura extremamente contida.

Ramona abraçou a filha e disse: “Se ela voltar, estou pronta.” Esta é uma das falas mais tocantes de todo o filme. Não é que ela tenha se tornado destemida, mas ela começou a entender que a existência “dela” talvez nunca desaparecesse, mas ela poderia finalmente escolher não ser afastada.

Não depende de sustos, mas usa emoções para causar arrepios na espinha

Se você está procurando um filme que irá chocar você com seus visuais, The Woman in the Yard não é esse filme. Mas se você quiser ver uma obra que faça você sentir a dolorosa realidade em silêncio, ela atingirá com precisão seu ponto cego emocional.

A atuação de Danielle Deadwyler é extremamente delicada. Ela não representa a loucura, mas um estado que muitas pessoas entendem, mas não conseguem expressar: é difícil viver, principalmente quando você sente que perdeu o valor de ser necessário. Ela não gritou, mas cada tiro dizia: “Não aguento mais”.

Ela não está morta, mas ainda não está completamente viva.

“A Mulher no Quintal” não é uma história tradicional de “superação do medo”, é mais como uma pausa em um cabo de guerra psicológico. Não há alívio completo no final, nem uma luz clara, apenas um realista “descanse um pouco”.

A Mulher no Quintal

Ramona não mudou completamente para melhor, mas ela escolheu ficar. Essa escolha deixará um rastro de calor nos corações de inúmeros espectadores que estão no limite.

O filme termina com o retrato inacabado, no qual o rosto de Ramona se sobrepõe ao daquela mulher, com seus nomes escritos ao contrário. Não é sobrenatural, mas um sussurro do diretor para o público: eles sempre foram a mesma pessoa.

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